Especialização em Audiodescrição lança em breve novo edital

publicado em 03 06 2015

O Núcleo de Pesquisa em Inclusão, Movimento e Ensino a Distância (NGIME) da UFJF já trabalha na elaboração do edital de abertura de uma nova turma da Especialização em Audiodescrição, previsto para ser lançado no segundo semestre deste ano.

Em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), a nova turma oferecerá nesta segunda edição, cem vagas, o que representa um aumento de 100% na oferta e reflete o sucesso da primeira edição.

A audiodescrição consiste em um recurso de acessibilidade que possibilita a descrição falada de imagens. Muito utilizada no teatro, cinema e televisão e agora de forma inovadora, em museus, exposições e eventos em geral, como casamentos ou formaturas, todas as informações que se compreende visualmente e que não estão contidas nos diálogos, como por exemplo, expressões faciais e corporais, ambiente, figurino, efeitos especiais, mudança de tempo e espaço, leitura de créditos, títulos e qualquer outra informação podem ser transmitidas para o deficiente visual através de um equipamento específico equipado com fones de ouvido sem fio.

Única universidade pública a oferecer esta especialização no Brasil, o curso tem carga horária de 360h, é oferecido gratuitamente na modalidade semipresencial, com encontros presenciais na UFJF ao fim de cada período.

Para promover e difundir o recurso, o NGIME anuncia também a realização do III Encontro de Audiodescrição, provavelmente no final do ano, que reunirá especialistas na área com profundo conhecimento teórico e prático no assunto, para refletir sobre os desafios e as oportunidades não somente no campo da audiodescrição, mas na promoção da acessibilidade e da inclusão de pessoas com deficiência na sociedade. 

Primeira turma

Com alunos de vários estados do Brasil e de diversas áreas de atuação profissional, nesta fase final da primeira turma do curso, a riqueza de temas na elaboração dos trabalhos de conclusão evidenciam uma experiência positiva de ensino. Formados, este alunos assumem o compromisso de levar para seus estados o recurso da Audiodescrição, que proporciona uma inclusão plena da pessoa com deficiência ao possibilitar seu acesso à cultura e ao lazer de forma ampla.

Para o Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira, da SDH/PR, o sucesso da primeira edição reflete nos resultados positivos da produção dos alunos no final do curso. “Estamos com 70% dos alunos concluindo a primeira turma. Profissionais de todo o Brasil estão produzindo trabalhos de qualidade, estão se tornando referência e disseminando a importância da acessibilidade para a inclusão plena das pessoas com deficiência visual”, destacou Ferreira.

A crescente demanda por profissionais habilitados para lidarem com o recurso da Audiodescrição pede um aumento contínuo na formação de audiodescritores. Sobre isso, Ferreira lembra que “hoje temos eventos, exposições e peças de teatros que cada vez mais estão inserindo este recurso; há a obrigatoriedade de que todos os filmes realizados com verba federal sejam audiodescritos, e os canais de tvs por assinatura que também transmitem pelo sinal aberto estão aumentando o número de programas com audiodescrição, segundo o cronograma previsto na portaria nº 188/2010 do Ministério das Comunicações”.

Para a coordenadora do curso, Profª Eliana Lucia Ferreira, “a audiodescrição é mais uma possibilidade de acessibilidade para pessoas com deficiência visual, por isso é muito importante capacitar profissionais que atendam a essa necessidade, sendo uma nova demanda de mercado de trabalho.”

Os formandos

Ao final desses um ano e meio de curso, os alunos concluintes relatam a experiência em fazer parte da primeira turma de formandos em Audiodescrição.

“A dinâmica das aulas e disciplinas é uma proposta pedagógica que envolve alunos e educadores em uma perspectiva dialógica, gerando novos conhecimentos o tempo inteiro. É uma rica experiência educativa, onde todos ensinam, aprendem e de forma partilhada, aprofundam o debate sobre igualdade de oportunidades “, acredita Jorge Amaro, servidor público de Brasília .

Para a jornalista de Santo André, Melina Cardoso, a eficiência de um curso semipresencial e a estrutura oferecida foram fatores que tiveram um diferencial durante o curso. “Surpreendeu-me o sistema de educação à distância, sua organização e a disposição das aulas. Toda estrutura de apoio da Universidade também estão de parabéns”, destacou a aluna.

Comprovando a eficiência do curso e a demanda urgente por profissionais audiodescitores no mercado, a atriz e dubladora de São Paulo, Andreia Paiva, já aplica na prática o aprendizado da especialização. “O curso já está me auxiliando muito no mercado, já estou desenvolvendo alguns trabalhos em audiodescrição, ainda é um desafio, mas a prática é fundamental para a aplicação das informações recebidas durante o curso. Estas informações são “ferramentas” essenciais para organização e planejamento de trabalhos de qualidade.” Andreia ainda destaca o pioneirismo do recurso. “Alguns colegas serão os pioneiros na audiodescrição em suas cidades e regiões que até então não tinham profissionais qualificados na área, e acredito que a partir de agora trabalharão muito.”

Acompanhe aqui

Para ficar por dentro do lançamento do edital da nova turma, acompanhe no nosso site (www.ngime.ufjf.br), na nossa página no facebook (NGIME), ou pelo telefone (32) 2102-3283.

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