
A CBDCR juntamente à UFJF tem se empenhado o máximo para realizar ações que permitam a popularização deste esporte, suas principais ações tem sido além de organizar as competições nacionais, participar de competições internacionais, realizar eventos científicos para discutir esta modalidade, produzir material didático e capacitar recursos humanos para o seu desenvolvimento, realiza diversas ações para a divulgação desta modalidade como ação inclusiva.
Portanto, o direito à igualdade de oportunidades das pessoas com deficiência depende, necessariamente, de uma conscientização sobre suas necessidades e também sobre seus direitos, cuja incorporação aos textos legais tem ocorrido progressivamente no âmbito da legislação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
A dança em cadeira de rodas tanto como lazer como esporte promove o acesso da pessoa com deficiência aos meios de comunicação social, incentiva a prática desportiva formal e não formal como direito de cada um e o lazer como forma de promoção social. (FERREIRA, 2003)
Sendo assim, a organização de eventos que privilegiam esta modalidade se justifica porque a dança em cadeira de rodas artística/recreativa e esportiva vem crescendo tornando-se cada vez mais visível, e consequentemente provocando mudanças na sociedade em busca de atividades que respeita a inclusão social.
E para que estas mudanças ocorram, ao longo da historia da implementação e divulgação desta modalidade, conforme o estatuto da CBDCR este evento é uma parceria da Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas, com a Universidade Federal de Juiz de Fora, objetivando realizar atina sua dimensão esportiva, artística e científica, levando em conta que o esporte e o lazer são direitos sociais.
A responsabilidade de organizar uma modalidade nova em nosso país desta envergadura certamente fortalecerá a confiança necessária para o avanço no rumo das discussões e difusão da dança em cadeira de rodas de um modo geral. As pesquisas com esta modalidade mostram que:
• a dança, ao estabelecer parâmetros das dimensões corporais e das suas relações, pode ser um instrumento para o auto-conhecimento e a descoberta das possibilidades de transformações sociais;
• através do movimento, o deficiente articula-se interiormente entre o sentir e o mover-se, podendo ter a dança como mais uma forma de expressão e comunicação;
• a dança proporciona possibilidades de movimentos e, na medida em que permite ao sujeito ressignificar-se, pode indicar vias de solução de problemas. Isto quer dizer, no presente caso, não que se evitará a deficiência enquanto tal, mas sim que se estará trabalhando a maneira como ela é significada tanto pelo sujeito como pela sociedade, produzindo deslocamentos de sentidos.
E ainda:
• As relações sociais, não mudam por decreto, pela lei. O modo como estas relações se dão são históricos e mudam conforme se criam novas condições para que estas relações se dêem. A nomenclatura por si só não muda o sentido, assim poderíamos considerar paráfrases “deficiente”, “portador de deficiências” e “portador de necessidades especiais”, caso não haja real ressignificação destas diversas formas de designação.
• As contradições sociais (o que não significa desigualdades, mas conflito de sentidos) são intrínsecas às relações sociais porque os sujeitos não são iguais e não podem ser. Estar junto em igualdade não supera a contradição e não pode superar, já que esta é a base que fundamenta a própria possibilidade do sujeito estar em sociedade.
Esta prática motora permite uma nova postura frente às possibilidades artísticas, esportivas e estéticas. Constitui-se em um desafio à criatividade, uma contribuição à reabilitação e à educação, uma luta por mudanças socioeconômicas, uma forma de resistir às limitações impostas.
Os eventos têm como objetivo promover o desenvolvimento e a disseminação da dança em cadeira de rodas como modalidade esportiva e artística no Brasil.
• Inscrição no Simpósio e nas Oficinas
• Submissão de Pôster para o XVII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE DANÇA EM CADEIRA DE RODAS