Visita técnica: Coordenadora do NGIME firma parceria para projetos em conjunto com Universidad Autónoma de Barcelona

publicado em 02 04 2024

Eliana Lucia Ferreira, coordenadora do NGIME/UFJF, visitou algumas Universidades na Espanha entre fevereiro e março, com o apoio da Fapemig, para se familiarizar com práticas bem sucedidas em acessibilidade. Dentre algumas universidades, seu trabalho se concentrou mais na Universidad Autónoma de Barcelona (UAB), juntamente com a professora pesquisadora Dra. Anna Matamala sobre a audiodescrição.

Professoras Dra. Eliana Lúcia Ferreira (NGIME/UFJF) e Dra. Anna Matamala da Universidad Autónoma de Barcelona (UAB)

Durante sua visita, a professora interagiu com os pesquisadores europeus que estão atuando com a audiodescrição como descrição e tradução. De acordo com Eliana, “Na Europa, há um avanço notável, a audiodescrição exige uma compreensão mais profunda por área, com contextualização e inclusão de outros elementos para assegurar a compreensão integral pelo aluno com deficiência visual.”

A proposta avança para um aprofundamento de conteúdo, ou seja, perpassa pela interpretação enriquecida e contextualizada. Ela também observou que os profissionais em audiodescrição são especializados por domínio, exigindo um conhecimento mais aprofundado e uma base sólida na área de atuação. Nesse contexto, a universidade valoriza a leitura, contando com uma biblioteca milenar e uma infraestrutura completa.

Um aspecto que merece destaque é a ênfase dada pela instituição à capacitação do corpo docente em relação à inclusão. A instituição não apenas oferece cursos de formação para os alunos, mas também promove programas de capacitação para os professores. O envolvimento ativo dos docentes é crucial, especialmente considerando a especialização necessária no processo de inclusão educacional. “Essa abordagem especializada beneficia não apenas os alunos, mas também os próprios professores, incentivando-os a aprimorar suas habilidades educacionais em busca de uma melhoria na qualidade do ensino-aprendizagem para todos. Como resultado, essa iniciativa contribui significativamente para elevar a produção do material didático produzido pelos docentes”, complementa Eliana.

A visita trouxe a perspectiva de desenvolver mais de 10 projetos em colaboração com a Universidad Autónoma de Barcelona, visando capacitar profissionais e promover a audiodescrição como forma de acessibilidade na América Latina. Para fortalecer essa parceria, está agendado um evento nacional de audiodescrição para o segundo semestre, com a participação das professoras da UAB Profa Anna Matamala e Profa Anabel Galán- Mañas.

Programa de Pós-Graduação
Além das experiências mencionadas, Eliana também se atentou às estrutura e gestão do programa de pós-graduação, identificando aspectos interessantes. Segundo ela, os projetos são frequentemente colaborativos, envolvendo professores tanto da instituição quanto de outras regiões globais, evidenciando uma abordagem interdisciplinar. Eliana também destacou que há uma proposta institucional unificada para alunos de graduação e pós-graduação, bem como para o corpo docente.

Outro ponto que chamou sua atenção foi a orientação das pesquisas, onde cada projeto resulta em produtos educacionais e o desenvolvimento abrange necessariamente ensino-pesquisa-extensão, visando consolidar as investigações na área. Eliana ressaltou também o papel das pró-reitorias nos projetos, com o suporte de um escritório de gestão que simplifica e desburocratiza o processo para os professores envolvidos em pesquisas. Por fim, o que mais ela destacou foi a implantação da proposta de uma educação 5.0, onde se privilegia o desenvolvimento de competências transversais para o sucesso no mercado de trabalho. Dentre as principais competências destaca-se:
1) Capacidade de adaptação a possibilidade de reinvenção perante às imprevisibilidades do momento;
2) Uso das TICs buscando tempo para o desenvolvimento da criatividade;
3) Flexibilidade e agilidade para resolver problemas;
4) Responsabilidade e compromisso na gestão do tempo e o autogerenciamento;
5) Trabalho em equipe interconectada;
6) Saber definir as urgências importantes;
7) Compartilhamento das funções;
8) Pensamento crítico e analítico;
9) Capacidade de gerar energia positiva e
10) Inteligência emocional.

E com este novo aprendizado, os pesquisadores do NGIME seguem desenvolvendo ações que promovam cada vez mais uma sociedade mais inclusiva.

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