SÉRIE INCLUSÃO EDUCACIONAL NA PRÁTICA – A GARRA DE UMA PROFESSORA DO AMAZONAS NA BUSCA POR MAIS INCLUSÃO

Muito se diz que com a internet e as novas tecnologias de comunicação, o mundo “perdeu a noção de distância”, o que não deixa de ser uma verdade e nós do NGIME/UFJF podemos provar.

Estamos em Tefé, município do Amazonas com uma população estimada pelo IBGE em 2025 de 80 mil habitantes e a uma distância de 523 km da capital Manaus. Sua economia baseia-se no comércio, serviços, administração pública e agropecuária, sendo o rio Tefé um grande modal de logística na região do Médio Solimões até o rio Amazonas.

É lá que mora a nossa aluna Fernanda do curso a distância de aperfeiçoamento “Gestão de Escolas da Educação Básica da Rede Pública na Perspectiva Inclusiva” que buscou a oferta do curso  NGIME/UFJF através das redes sociais e por indicação da coordenadora de educação inclusiva de Tefé.

Ela atua na rede pública de ensino local e é formada em Letras com especialização em Atendimento Educacional Especializado e Língua Portuguesa, se dedicando no letramento de crianças com deficiência na sala de aula.

Durante a conversa para a busca de informações para esta série, ela nos contou sobre as suas razões para a escolha do nosso curso e a ligação dele com a sua atuação profissional, mostrando que a temática do curso vai de encontro com a necessidade prática das escolas do nosso país e os anseios dos professores. “Atuo diretamente na área educacional e acredito na importância de uma gestão comprometida com a inclusão, a equidade e o respeito às diferenças. O tema dialoga com a minha prática profissional e com o compromisso que tenho com uma educação pública inclusiva e de qualidade.”

Para nos encher ainda mais de orgulho e mostrar a fundo que a teoria do nosso curso EaD realmente vai pra prática, a Fernanda nos passou em palavras e também em imagens como acontece a simbiose do aprendizado a distância com a prática no dia a dia da sala de aula com os seus alunos. “A nossa relação é construída com muito respeito, empatia e compromisso. Busco compreender as singularidades de cada pessoa, valorizando as suas potencialidades e garantindo que tenham seus direitos assegurados, seja no contexto educacional ou terapêutico”, destacou

Ilustrando o desafio que é levar o ensino da educação inclusiva para os cantos do nosso país, a Fernanda nos contou que apesar dos avanços e da ajuda da tecnologia da disseminação de cursos como o nosso, ainda há um grande caminho a ser percorrido e ela, desde que direcionou a sua docência para esta área, tem tentado passar a pauta da inclusão. “Compartilhei através da Formação Continuada para professores na perspectiva inclusiva em outros municípios do interior do Amazonas que infelizmente a realizada ainda é bem diferente, pois a maioria dos professores da sala regular não tem uma formação para trabalhar com alunos com deficiência. Lá o AEE ainda é um sonho”.

Diante das falas e do exemplo da Fernanda lá de Tefé no Médio Solimões no Estado do Amazonas, nós do NGIME/UFJF ao mesmo tempo em que nos orgulhamos pelo nosso curso chegar tão longe e fazer a diferença na prática, sabemos que o desafio ainda é grande, mas está sendo vencido, com as Universidades Públicas do lado de cá buscando disseminar a inclusão na escola e as Fernanda’s de lá não deixando as oportunidades escaparem. A distância é só um detalhe, mas a vontade e a empatia são gigantes. Parabéns para o ensino público gratuito e de qualidade. Parabéns Fernanda!