Quadro “Inclusão” do NGIME participa de mostra artística em Juiz de Fora

publicado em 23 10 2018

Idealizada pela Secretaria Municipal de Educação de Juiz de Fora, a “XIV Mostra Professor Também faz Arte” reúne diversas obras de artes com temáticas voltadas para a educação.


Toda a mostra busca ligar a temática da arte e da educação retratadas nas telas e peças expostas. O evento ganha ainda mais sentido e se torna imperdível, quando os autores são os próprios professores e alunos, personagens diretos do processo de educação.


A história da obra


Quem entra no NGIME, logo se depara com uma grande obra de arte exposta. Criada há quatro anos, a tela “Inclusão”, do professor de desenho Leonardo Paiva, retrata de forma didática e cronológica a evolução da visão e o tratamento que a sociedade contemporânea vêm ao logo do tempo dando à temática da deficiência física.


Mas antes de falar da obra em si, vale contextualizar como e porque o quadro foi concebido com o tema “deficiência física” por um profissional de educação ligado ao NGIME (Núcleo de Pesquisa em Inclusão, Movimento e Ensino a Distância) da UFJF.


O Núcleo, dentre diversas linhas de pesquisa, sempre voltadas para a inclusão escolar, trabalha há dez anos de forma direta com a inclusão de pessoas com deficiência no ambiente escolar, assim, a maioria dos cursos sob a gestão são criados e direcionados à formação de professores para lidarem com a inclusão destas pessoas.


Dentre diversos profissionais que compõem a equipe de elaboração destes cursos, temos o ilustrador e professor Leonardo Paiva, responsável pela produção da parte visual de todos os materiais didáticos dos cursos. Assim, nas das diversas temáticas que envolvem os cursos voltados para a inclusão, Paiva sempre tinha em seus desenhos que retratar a deficiência nas pessoas, o que fez com que ele se interessasse e estudasse a parte histórica do tema.


Logo, ele percebeu que a aceitação às pessoas com deficiência física dentro da sociedade percorreu um longo caminho, saindo da marginalidade e preconceito absoluto nos tempos antigos, representado na tela pelos degraus e cores escuras, à era da inclusão dessas pessoas em quase todos os meios, pois ainda existem algumas barreiras, retratada por rampas e cores mais vivas.

Nas palavras do artista/professor, ter a sua obra em uma exposição e ela possibilitar às pessoas a pensarem no tema da deficiência é motivo de grande prazer. “A satisfação de ver minha obra reconhecida é imensurável, mas além do valor artístico, o valor didático do painel é de grande relevância para uma compreensão e reflexão sobre a importância da inclusão das pessoas com deficiência em nossa sociedade, tendo a obra um forte impacto imagético e uma linguagem universal”.


Para a coordenadora do NGIME, professora Eliana Ferreira, o grupo se sente orgulhoso ao ver que os propósitos de uma sociedade inclusiva estudados no Núcleo diariamente, despertam o interesse dos profissionais que ali atuam. Para ela “é com grande alegria e orgulho que o NGIME vê uma obra concebida a partir do olhar de um de nossos educadores ser exposta e ganhar a apreciação de outras pessoas, sempre fazendo com que as pessoas conheçam mais sobre a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade”, relatou a coordenadora.


A mostra acontece no Espaço Cultural Bernardo Mascarenhas, localizado na Av. Getúlio Vargas, nº 200, Centro, até o dia 11 de novembro, de terça a sexta-feira das 09h às 21h e aos sábados e domingos de 10h às 18h, com entrada franca.

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