NGIME apoia paraatleta nas Paralimpíadas Universitárias

publicado em 08 09 2021

Entre 16 e 21 de setembro, acontece as Paralimpíadas Universitárias 2021 na cidade de São Paulo e nós do NGIME/UFJF teremos o prazer de ter um atleta levando o nome de nossa instituição neste importante evento paradesportivo nacional.

Natural da vizinha Santos Dumont e praticante da natação, Evaldo Castello Branco Henrique, 53 anos, estará pela segunda fez em uma competição de grande porte, agora levando o nome de uma universidade federal, como ele mesmo destacou, “o importante é participar, representar bem a UFJF, mas farei o melhor possível”.

De metalúrgico a esportista

Sua história com o esporte começou pela necessidade de se exercitar por conta dos sintomas da Ataxia, caracterizada pela falta de coordenação dos movimentos de várias partes do corpo. Depois de sua aposentadoria do setor de contabilidade de um siderúrgica, ele se dedicou por  quatro anos a intensas sessões de fisioterapia, porém os sintomas da Ataxia continuavam, foi quando ele decidiu investir na natação, um antigo hoby.

Logo se juntou ao projeto de natação paralímpica do Clube Bom Pastor em Juiz de Fora e o amor e a dedicação ao esporte foram aumentando cada vez mais. Além da prática esportiva, agora a natação também passou a ser um “remédio” para Evaldo.

Com o tempo e com os treinos, o atleta se desenvolveu dentro de suas limitações físicas causadas pela Ataxia e o seu registro no Comitê Brasileiro de Natação – CPB, foi somente uma feliz consequência nessa história.

As competições

Apesar de ainda ser um novato em competições oficiais, sendo agora as Paralimpíadas Universitárias a sua segunda participação em um torneio, ele já se sente ganhador pelo 5º lugar conquistado em Brasília em um campeonato onde o seu concorrente mais velho tinha 27 anos, ou seja, praticamente a metade de sua idade.

“Nesta competição em Brasília que participei fiquei em 5º lugar onde o mais velho dos nove concorrentes tinha 27 anos. Eu tinha tudo pra ficar em último lugar, mas fiquei em 5º e deixei outros quatro para trás e apesar de ter ficado bem distante dos primeiros e de não ganhar nenhuma medalha, fiquei mais que satisfeito” destacou o atleta, lembrando que somente o participar já é motivo de satisfação.

Agora o seu desafio é um pouco maior, já que vai participar de uma competição teoricamente com um nível técnico mais alto. Mas isso não é um obstáculo para ele, que ao ser perguntado quais são as suas expectativas para a competição, nos disse que elas são ótimas e que não espera uma concorrência tão acirrada e que no final, o importante será participar do evento.

“Tenho ótimas expectativas, mesmo porque acredito que a concorrência não vai ser tão grande, e já não é minha primeira competição e inevitavelmente a gente vai pegando mais “casca” e não repete os mesmos erros da primeira, mas como já foi dito, temos que evitar e procurar tirar da cabeça que temos que ganhar alguma coisa. O importante é participar, representar bem a UFJF, mas farei o melhor possível.”

O NGIME

Sua história com o NGIME/UFJF começa na extinta Coordenação de Acessibilidade Educacional, Física e Informacional – CAEFI, um órgão que cuidava das políticas de inclusão direcionadas para a comunidade acadêmica da UFJF em parceria com o NGIME.

Do trabalho voluntário na CAEFI, que tinha uma ligação muito estreita com o NGIME, Evaldo foi conhecendo também a nossa atuação nos estudos e pesquisas direcionadas para a inclusão de pessoas com deficiência. Daí foi um passo para esse estreitamento de relação e contato.

Hoje, o NGIME/UFJF, conhecedor da história de dedicação ao esporte paralímpico do Evaldo e confiante na sua atuação como paraatleta, se tornou um entusiasta da sua dedicação ao esporte e ao lado de outros parceiros, é um dos seus apoiadores nas Paralimpíadas Universitária 2021.

A nossa equipe deseja a ele uma ótima competição e que somente o “participar” como ele mesmo disse, já seja a vitória. A medalha será a consequência certeira da sua dedicação e de nossa torcida.