Colocar em pauta importantes questões sociais do Brasil é o objetivo da segunda edição do Seminário de Inclusão Social e Cidadania de Juiz de Fora, que acontece nesta sexta-feira, 23, às 13h30. O evento será realizado no Teatro Academia, localizado na Rua Halfeld, 1179, Centro, e é coordenado pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de Juiz de Fora (Intecoop/UFJF), com apoio do site de classificados gratuitos Viverjf.com.
Com o tema “Inclusão Social e Cidadania: Ideias para um Brasil Inclusivo e Transformador”, o seminário abordará questões como a inserção social de pessoas com deficiência física e portadores da Síndrome de Down. Também serão discutidos temas históricos e, ao mesmo tempo, atuais, como o tráfico de pessoas e a transferência de renda através de programas socias. As palestras serão ministradas por especialistas, lideranças comunitárias, executivos e demais formadores de opinião.
Haverá também uma exposição de artesanato, pintura e culinária na entrada do teatro. O material apresentado é fruto do trabalho da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), do Instituto Nacional de Excelência em Políticas Públicas (Inepp) e do Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas. Também serão apresentadas algumas peças da coleção de roupas da estilista Raquell Guimarães, confeccionadas por presidiários.
O seminário é destinado a profissionais ligados à inclusão social, estudantes e pessoas interessadas em aprofundar seus conhecimentos sobre o tema. Segundo o coordenador da Intecoop, professor da Faculdade de Enfermagem, Petrônio Barros, o evento também tem como finalidade aproximar teoria e prática através da universidade e sociedade local. “Discutir o papel da universidade como agente de transformação social que, em princípio, deve ser um de seus maiores objetivos, é promover também um debate sobre um dos direitos básicos do ser humano: a educação de qualidade.”
Segundo o diretor geral do Viverjf.com e um dos organizadores do evento, Marcel Aziz Iunes, a iniciativa partiu de uma carência em debates sobre o tema em Juiz de Fora e no país. “O Brasil é um país naturalmente desigual, repleto de injustiças. Proporcionar um lugar para o debate do tema, onde buscamos a melhora dessa realidade e incentivamos projetos que já estão fazendo isso, foi, desde o começo, o objetivo do Seminário.”
Para o secretário de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Juiz de Fora e um dos palestrantes do evento com o tema “Transferência de Renda e Emancipação pelo Trabalho”, Flávio Cheker, ainda existe muito preconceito a respeito dos programas federais de transferência de renda, como o Bolsa Família. “Temos que desmitificar a ideia de que o Bolsa Família é um programa puramente assistencialista, na verdade ele é a primeira etapa da emancipação, uma espécie de porta de entrada para o emprego que, por sua vez, é a porta de saída do programa.”