ENCONTROS: Gritos de Mudança vive Momento Histórico ao debater Lei de Cotas para Pessoas com Deficiências

publicado em 24 07 2013

foto do GRITOS

Participantes da 3ª Edição do ciclo de debates “ENCONTROS: Gritos de mudança”.

Aconteceu ontem, 22 de julho, a 3ª Edição do ciclo de debates “ENCONTROS: Gritos de mudança”,  que teve como principal objetivo debater a lei de cotas no ensino superior para pessoas com deficiência. Mediado pela Prof.ª Dr.ª Eliana Lúcia Ferreira, o evento representou  um momento histórico na sociedade, ao discutir as viabilidades e as principais dificuldades  para a inclusão dessas pessoas na UFJF.

Organizado pelo CAEFI e com o intuito de dar voz a toda sociedade, o evento contou com a participação dos debatedores Harison Felipe Nassar (presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência), e Jerry Fernandes de Souza (aluno do curso de filosofia da UFJF). Foram levantados alguns pontos importantes em relação à acessibilidade e recursos oferecidos tanto pela UFJF quanto pelo município de Juiz de Fora às pessoas com deficiência.

Outro aspecto discutido calorosamente foi o histórico das famílias que cuidam de uma pessoa com deficiência, já que geralmente elas não possuem grandes recursos. Por isso muitas dessas pessoas não conseguem sequer terminar o ensino médio ou fundamental, o que dificulta muito o ingresso em uma Universidade.

De acordo com Jerry Fernandes, falar de cotas para deficientes não significa dizer que se deseja que essas mesmas cotas os favoreçam, mas sim que deem oportunidade para que tenham chances de ter uma vida melhor e mais participativa na sociedade.  “Muitos gostariam de estar aqui, mas não estão porque não finalizaram o Ensino Médio, ou não se sentem preparados para estar na UFJF. Ter cotas como incentivo seria como corrigir um erro social”, afirma ele.

Durante debate entre os participantes envolvidos no encontro, foi apresentado um ponto fundamental da discussão sobre a inclusão das pessoas com deficiência na UFJF, que consiste não apenas de garantir a entrada dessas pessoas no ensino superior, mas também a permanência delas na universidade.

A Prof.ª Dr.ª Eliana Ferreira ressaltou a importância da acessibilidade física e principalmente a necessidade de serem revistas as metodologias de ensino a serem adotadas pelos docentes.  Ela alega que a “acessibilidade educacional perpassa pelo domínio de tecnologias que exigirá a capacitação dos profissionais, e isso, sem dúvida exigirá um tempo de adaptação, pois este processo irá tirar muitos profissionais de suas áreas de conforto”.

Levando todos os pontos em consideração, Eliana fez questão de dizer que esse é um assunto que merece ser discutido por vários setores da UFJF, e que essa discussão será levada a vários âmbitos institucionais.

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