A comunicação e dança em cadeira de rodas: Um olhar sobre a inclusão midiática

publicado em 13 11 2012

por Vera Regina

Um dos movimentos sociais mais importantes construído pelo homem e que ganha contornos interessantes na sociedade contemporânea é o Esporte. Em uma breve retrospectiva histórica podemos refletir que desde a antiga Grécia este fenômeno está presente na vida das pessoas. A essência educativa, esportiva e competitiva expressou em determinados momentos históricos os usos e abusos da utilização pelo homem. Caracterizou-se como uma prática profilática, preparação de soldados, sem esquecer a construção de super atletas e a apropriação política e, mais recentemente com a aproximação com a área da Comunicação, associa-se ao espetáculo.

Hoje, o esporte é também um grande representante da sociedade capitalista em que vivemos. Os patrocínios, atletas profissionais, equipamentos e vestuários, assim como os grandes eventos esportivos caracterizam bem a época.

Em um recente levantamento sobre a programação das emissoras em relação aos esportes olímpicos e paralimpicos, especificamente, Londres 2012, constatei que não se trata de um espaço democrático, as emissoras brasileiras transmitem pouco ou quase nada sobre os esportes paralimpicos. Porque essas duas competições não têm a mesma representatividade na grande da programação das emissoras de TV? Porque as revistas e jornais não abrem “espaços” para a diversidade e a inclusão esportiva, porque somente os esportes olímpicos são evidenciados? Nos quadros de medalhas, as conquistas maiores são dos atletas paralimpicos em relação aos olímpicos. Diante desse cenário, se as mídias massivas não abrem democraticamente esses espaços, como ser mais representativos e inclusivos? Um importante momento se abre com as mídias digitais e os espaços na web. Um bom exemplo é a importância e visibilidade que este blog está proporcionando, abre-se um espaço importante no GIME, para o diálogo, informação e a inclusão da dança em cadeira de rodas. O Facebook hoje já tem grupos representativos que se unem para compartilhar os temas comuns que os aproximam. É importante criar vários espaços para que as pessoas busquem e possam estabelecer o diálogo com aquelas que têm os mesmos propósitos e objetivos. É possível também criar uma programação de rádio e TV na web. Faltam iniciativas e parcerias, será que este é o momento?

A dança em cadeiras de rodas é um grande exemplo de ação inclusiva, no entanto, é necessário criarmos ações, programas e políticas públicas para que a dança em cadeira de rodas possa estar presente nos meios de comunicação.

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